quarta-feira, 21 de abril de 2021

Rita Suzana Vasco Forinho Coelho

 

A chuva caía
A noite chegava E Roma chorava... 
Os mortos incremados 

Velhos, jovens, bem amados... 

Que na solidão se foram 

E nem ao menos foram velados. 

Na Praça vazia São Pedro veria 

O Papa Francisco Pisar sobre o risco 

Rasgar o medo e a solidão 

Seguido pela maior multidão 

Que de todos os pontos da Terra 

Se uniu ao velho Bispo em oração. 

E na Praça já não mais vazia Jesus e a Virgem, mãe Maria Com Francisco da Paixão 

E milhões num só coração 

Bebemos no cálice do silêncio e da ternura 

Gotas da mais genuína e mais pura Fé 

Naquele que acalma a tempestade 

E nos faz vencer o medo e a loucura. 

E na Praça já não mais vazia 

A chuva suave que caía 

Virou mar de lágrimas, de compaixão

E o nosso barco vencerá o mar revolto e a escuridão!

 Jesus desperto nos traz paz e segurança 

Eis o conselho de Francisco, nosso irmão! 

(Poema escrito por Zé Vicente, cantor e compositor das Comunidades Eclesiais de Base e das Pastorais Sociais, na noite de 27/3/2020)

domingo, 7 de março de 2021

      

       

Maria de sa




De longe vieste
um longe sem nome ,sem tempo
sem cansaço
sigilo etéreo perfeito.
Trouxeste no regaço
Luz de Amor perfeito
        

Gentes
espaços diferentes
Um AMOR total
Surreal
Mundo tão banal.
               
Ó MÃE
Ensina a perdoar-me,
a lavar chuvas caídas por dentro,
sustento
de ventos
uivando prantos.
Naufragar penas
ruidosas arenas
ais ao relento.
Pensamentos,
tempos vazios.
tecidos
pela vida já perdidos.
 
Cativa os GOLIAS
de lances terríveis
Utopias
ilusórias fantasias.
                 
 Os  GIGANTES
Titâs arrogantes,.
alarmantes
Rebeldes
jorrando feles .
 
Atravessa comigo
MARES VERMELHOS
perigo escondido
segredos
meus degredos.
 
Ajuda bordar lágrimas em sorrisos
felizes matizes
O que há em mim
um EU sem TI .
     
             Maria de Sá ,

terça-feira, 2 de março de 2021

                  

                                                             SOU

                           


               Sou  a magia de algures 

         Sou do outro lado do Equador 

         Sou onda que beija a praia despida 

        Sou vento sussurrando pelas casuarinas 

        Sou um livro de histórias 

                     vadias 

                    perdidas 

    já nada contam .

   Um universo 

               de sonhos habitado.

   Procuro -me nesses lugares

  Céus...uma imensidão 

                de palavras

salpicadas de lágrimas 

bem silenciadas 

           magoadas .

Aí naufrago feita gaivota 

esperando o sorriso do amanhecer 

num raio de sol para eu viver. 



                                               Maria de Sá