quinta-feira, 29 de agosto de 2013

NO SOPÉ DA MONTANHA




És a minha Montanha
Não vou escalar
Fico no sopé
Bem longe até.
Ali não existe
Nem passado nem futuro,
Meu espaço seguro.
Limite de um tempo
Numa teia de ilusões
Manta de emoções
Cofre de recordações,
Escondidas,
Inibidas,
Nas entranhas
Da tua montanha.
Resta a saudade
De um tempo perdido
Magoado, ficou ferido.
Partiste sem palavras
Nem gestos
Nem versos dispersos.
De que servem lamentos
Contra o destino de ficar só?
Se eu de mim nem sinto só!

Maria Sá